Folhas do Babaçu ou Aguaçu

Comunidade produtora: Complexo Mata Cavalo: Aguaçú, Mutuca
Localização geográfica: 15°52’03.8″S 56°24’44.8″W
Babaçu do tupi wawa’su é uma palmácea originária do Brasil com que pode atingir 20m de altura e com 7 a 22 folhas pinadas de 4 a 8 metros de comprimento largamente utilizada pelas comunidades tradicionais para a produção de casas, produtos utilitários e/ou decorativos.
As folhas também servem para a produção de alguns utilitários domésticos e/ou artesanato, como esteiras (utilizado para dormir ou dividir um cômodo da casa), baquité ou cesto (usado para guardar ou transportar alimentos como grãos, frutas verduras e roupas), abano (leque usado para refrescar nos dias quentes ou para abanar o fogão á lenha), mufamba (utensilio construído de palha verde(utilizado outrora para carregar mantimento da roça como milho, mandioca, banana e outros produtos que podiam ser carregados pela própria pessoa ou no lombo de animal: boi ou cavalo) e sucuri (para carregar animal vivo como frango e porco pequeno). O animal transportado é colocado sob uma palha aberta trançada sob o animal, uma espécie de casulo, deixando-o praticamente imobilizado para o transporte. Todos esses utensílios são confeccionados com a palha verde ou murcha, pois possibilita maior durabilidade e acabamento. Conforme os detentores desse conhecimento para confecção de baquité ou cesto, esteira e abano a palha deve ser colhida jovem ou broto, enquanto para o feitio de mufamba e sucuri a palha deverá ser verde. Esse saber/ fazer transmitido de geração para geração vem se perdendo devido à população jovem não se interessar pelo artesanato feito por essa palmeira ou pela substituição desses utensílios pelos objetos industrializados. Embora o Babaçu seja considerado para os empresários do agronegócio, seja considerado uma praga, a produção do artesanato oriundo do Babaçu pode constituir uma fonte de renda para as comunidades quilombolas ou não, assim como contribuir para a conservação da biodiversidade local.
ARRUDA, Silva J, C; Sander N. RAGMENTOS DE CULTURA, Goiânia, v. 24, n. 2, p. 239-252, abr./jun. 2014. A CADEIA produtiva do babaçu. Disponível em: . Acesso em: 1º set. 2021 CARRAZA, L. R. Et. All. Manual Tecnológico de Aproveitamento Integral doFruto e da Folha do Babaçu (Attalea spp.) 2ª ediçãoBrasília – DF, 2012

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