Banana da Terra – Plátano, pacova ou pacoba (Musa Balbusiana)

Área geográfica onde é produzido: Cultivadas em praticamente todas as regiões tropicais do planeta, no Brasil a maior parte da produção está concentrada nas regiões Nordeste e Centro Oeste.
Nome da comunidade que produz: Capão Verde, Mata Cavalo, Morro Cortado
Árvore de porte médio, 6 a 9 metros ou maior, casca espessa, parda avermelhada. Frutos são vagens curtas de 6 -13cm de comprimento, de cor marrom escura, contendo sementes duras, de cor marrom, envoltas por uma substância farinácea e adocicada e cheiro característico. A massa ou polpa que recobre as sementes é farinácea, de cor amarela a esverdeada, e muito nutritiva, podendo ser usada na alimentação humana.
Originária do sudeste asiático, a banana já era conhecida e cultivada há mais de 4.000 anos. Entretanto, no que tange a diversidade dos plátanos (banana-da-terra) é maior na África, notadamente nas Áfricas Central e Ocidental. A historiografia registra que, antes de sua ocupação territorial pelos europeus, fora detectado pelos viajantes a existência das bananeiras em muitas terras africanas. No território brasileiro, Cascudo (ano) em seu estudo a respeito da “História da alimentação no Brasil”, aponta que os portugueses ao chegar em território brasileiro encontraram a população nativa comendo bananas in natura, de um cultivar digestivo, típica do Cultivar “Branca” (predominante na porção litorânea) e de outro, rico em amido e que precisava ser cozido, denominando-o de “pacoba”, possivelmente do cultivar atual “Pacova”, Plátano ou banana-da-terra. Ao longo dos séculos, a banana adquiriu importância no cardápio brasileiro e valor cultural, presente em diferentes costumes, artes e religião, bem como adquiriu uma série de significados simbólicos, como por exemplo criando uma associação entre a banana e a ideia de latino-americanidade e ou identidade territorial. A saber, a presença da banana no dia a dia da gastronomia da população de Nossa Senhora do Livramento, seja popularmente reconhecida como “papa-banana”. A banana possui uma grande importância econômica, social, cultural, nutricional e medicinal. Os diferentes tipos de bananas estão presentes em mesas das diferentes classes sociais como ingrediente principal, tanto verde ou madura (cruas, fritas, cozidas, assadas, guisadas ou farinhas) ou com acompanhamento (doce de banana, rapadura, bala, licor de banana, chips etc.) Além do fruto, as folhas são tradicionalmente utilizadas como recipiente, fornece fibra para tecidos de alta qualidade e papéis. A cozinha africana foi responsável pela introdução da banana-da-terra no nosso cardápio na culinária brasileira. De modo geral, a banana é uma fruta energética, composto basicamente de água e carboidratos, dietética e com grande quantidade de vitaminas: C, A, D, B1, B2, B6; potássio, fósforo, cálcio e ferro. Por ter o aminoácido triptofano e vitamina B6, é considerada um alimento para o bom humor. Ela é indicada contra depressão, anemias, câimbras, azia, hipertensão e constipações intestinais. Na farmacologia caseira o uso do tanino, que ela possui quando ainda verde, possui propriedades medicinais que ajuda o controle de diarreias; para o tratamento das vias respiratórias, principalmente para combate a asma, tuberculose, pneumonia; da hepatite, além do uso como antisséptico e controle de hemorragias em cortes.
No Brasil considera-se plátano somente a banana do tipo Terra, conhecida como Pacovan (no Amazonas), D’Angola, Banana-comprida, Banana- -da-terra ou Farta-velhaco, em outros estados, consumida preferencialmente cozida, frita, assada, na forma de mingau ou utilizada no preparo de farinha (Cunha, 2019) A banana permite a elaboração de alguns produtos industrializados ou na culinária afro como: banana-da-terra verde com carne (seca ou não); mingau de banana; farofa de banana; cozidão com banana; balas de banana; Chips de banana, farinha de banana, doce de banana, rapadura de banana, licor de banana, bananada, banana desidratada.
CASCUDO, Luís da Câmara: História da Alimentação no Brasil. Belo Horizonte, Itatiaia; São Paulo, Editora da Universidade de São Paulo, 1983; por Luiza Larangeira da Silva Mello

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