Para esses grupos sociais afrodescendentes, o cultivo de plantas medicinais, aromáticas e condimentares atendem suas necessidades mais básicas de saúde, econômica e social, oferecendo vantagens como facilidade de acesso, baixo custo, geração de renda e a certeza de estar consumindo um produto natural (BRITO et al., 2019; SENAR, 2017).

Essas pessoas categorizam as plantas pela sua finalidade e uso principal. Esse saber é fruto do conhecimento tradicional, transmitido por meio da oralidade, que ainda persiste vivo por gerações. No entanto, o acesso dessa tradição entre os moradores, principalmente no uso das plantas medicinais, tem se restringido a poucas pessoas que receitam àqueles que as procuram o uso da planta inteira ou de suas partes (Ex.:  raízes, caule, folhas) em forma de preparativos como chá medicinais, para o tratamento de diferentes enfermidades. 

O “Baú dos saberes/fazeres das plantas medicinais e aromáticas” é um espaço virtual criado para manter viva a memória e a tradição desses povos no uso dos recursos naturais.

Referências

BRITO, J.A. et al. Resgate do Conhecimento Popular sobre  plantas medicinais e sua aplicação na construção de um herbário didático por discentes de curso técnico em meio ambiente. Experiências em Ensino de Ciências V.14, No.1 2019. Disponível em: https://fisica.ufmt.br/eenciojs/index.php/eenci/article/view/47 Acesso em: 15 de dezembro de 2021.

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural. Plantas medicinais aromáticas e condimentares: produção e beneficiamento / Serviço Nacional de Aprendizagem Rural. – Brasília: SENAR, 2017.

Existem várias comunidades quilombolas que estão colaborando com o projeto com o objetivo de promover saberes e sabores quilombolas de produtos tradicionais da região, as comunidades que compõem são Comunidade Campina de Pedra, Comunidade Capão Verde, Território de Mata Cavalo (Capim Verde, Ribeirão do Estiva, Mata Cavalo de Cima, Mata Cavalo de Caixo, Ribeirão da Mutuca, Aguaçú), Comunidade de Morro Cortado, Comunidade Ribeirão Itambé, Comunidade São Benedito.

São vendidos vários tipos de produtos, todos são frutos do trabalho de agricultura familiar, cultivados de forma tradicional e livre de agrotóxicos, seguindo os princípios da agroecologia. Acesse o Bulixo e veja os produtos comercializados pelas comunidades quilombolas.